Cena 1: BarEle está bebendo com outras pessoas. A festa está animada. Ele a vê. Ela é negra.
Cena 2: BarEles conversam e se beijam e ela o convida para ir embora.
Cena 3: TáxiEles orientam o taxista sobre como chegar até a casa dela. No táxi eles se beijam mais.
Cena 4: PeriferiaO prédio é afastado. Fica na periferia. É uma construção nova e mal feita. Feita às pressas. Um bloco de concreto de 13 andares.
Cena 5: APO apartamento fica no 12º e tem uma cama de casal completamente desproporcional que ocupa quase todo o quarto. É arrumado, mas pobre. Eles fumam maconha numa lata de cerveja e bebem cachaça e depois transam.
Cena 6: Escadarias4:43 ele vai embora. Quando chega na porta do prédio não consegue sair. O prédio está trancado. Chaveado. Ele sobe de volta. Pela escada.
Cena 6: AP de novo
Ela está diferente. Seu comportamento (aparência) mudou. Ele percebe que um homem grisalho de bigode está na sala. Ele (o homem grisalho) está esperando por ela. Ele percebe que ela é uma prostituta. Ela tenta convencê-lo a ficar. Ele recusa afirmando estar tarde. Tem apenas meia hora para chegar ao trabalho. O homem grisalho parece entediado e deita na cama gigante. Ela está enrolada em uma toalha com um dos peitos para fora e acaricia a perna do grisalho enquanto olha para ele (não o grisalho) dizendo que pode ir mas que volte outro dia. Ele balança a cabeça.
Cena 7: Escadas e ruaEle desce as escadas e a porta da frente do prédio está aberta. Sem chave, nem interruptor nem nada. Só está aberta. Lá fora a noite é densa. Ele tem duas opções: direita versus esquerda. À esquerda é uma rua escura. À direita está acontecendo uma festa na rua. Vai pela direita.
Cena 8: CarnavalA luz é estranha. Quanto mais se aproxima da festa, mais ele percebe o quanto é bizarra. Sente náusea. O cheiro se torna insuportável a medida que caminha o cheiro podre de carniça aumenta e as pessoas dançam e cantam. Enquanto algumas pessoas escoradas em postes vomitam, outras estão ajoelhadas com a boca aberta esperando por esse vômito. Em ambos os lados da rua há uma fileira de "objetos" pendurados, como bonecos, formando um "corredor polonês". As pessoas dançam no corredor. Ele não consegue distinguir o que são aqueles objetos pendurados. Conforme se aproxima o cheiro fica mais forte e, aos poucos, consegue distinguir que os "objetos" são cadáveres pendurados em ganchos. Centenas deles. Enfileirados. Tripas, músculos, cérebros. As pessoas passam por ele, mas não o notam. Estão delirando, muitas estão nuas. Dançam. Ele sente uma tontura e desmaia.
Cena 9: TremEle acorda deitado no chão de um vagão de trem entupido de trabalhadores, estudantes e vagabundos e todos olham para ele. Ele olha o relógio no pulso: 5:35 e percebe que está segurando um papel com um número: "876 9-00-17".
FIM